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17/04/2011

flor de carnaval

o corpo não estava.
os olhos não olhavam.
por onde será que ela sentia?
era isso a droga.
a rosa no ombro,
o movimento automático.
o sorriso simpático,
as mãos no bolso,
e a purpurina
morrendo de solidão
no meio do deserto
omoplata.

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