tenho medo do escuro
pois é no escuro que a gente vê
o escuro é o eu por dentro
é no escuro que o corpo arde
tenho medo do silêncio
pois é no silêncio que a gente ouve
o silêncio é o som por dentro
é no silêncio que o corpo vibra
mandaram eu me abrir pro mundo
passarinho sem gaiola
olhei-me no espelho
pra ter certeza de que ainda estava lá
hoje é dia de abrir a janela
fechar os olhos
e deixar o vento molhar
hoje é dia de sujar as mãos
café e grafite
e o papel e as ideias
hoje é dia de chover por dentro
de lembrar e depois de esquecer
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