quando o aqui presente não promete, a gente foge pro lugar nenhum do sempre (ou do nunca?) que é a saudade
05/12/09
Ois gerais,
Quantas vezes uma pessoa pode ir ao cinema em
um dia? E em uma semana? A minha inspiração não é uma pomba branca que vem
do mar, mas uma coruja velha atarraxada no galho seco de uma árvore, que só
abre um único olho e faz « u-u » à 1h da madrugada. Quando não às 3!
Nesses
tempos sem notícia muita água já rolou.
Sim, quem não dá notícia agora sou eu, invertamos um pouco os papéis.
Uma vez
eu fiz um teste numa revista pra ver se eu sabia discutir a relação.
Tirei
quase 10. Um dos itens era saber criticar o outro criticando a si
próprio. O
ó. Faz duas semanas que eu só sei falar o ó pras coisas. Boas e ruins.
Tudo
começou com Twilight 2 capítulo Tentação que eu fui ver com a Karina no
cinema
mais brega de Paris (Champs-Elisée). Foi o ó de divertido. Rimos até
chorar do pobre do filme. Aí a moda pegou (tanto de falar o ó, quanto de
falar durante o filme). Semana passada fomos ver O Bazar. Ta disputando o top3 piores filmes da
minha
vida. Acho que Hulk ainda tem o cinturão invicto do primeiro lugar, mas
fazia
tempo que eu não via uma coisa tão ruim daquelas. Não conseguia parar de
rir
(pra não chorar). Até levei um chute da menina que queria dormir ao lado
e não
conseguia com as nossas risadas. Foi o ó da experiência cinematográfica! No
mesmo dia fui ver um filme d’uma israelense. Prendre Femme o nome do
filme.
Ronit Elkabetz o nome da israelense. Roteirista, diretora e atriz. E que
filme
bom! E que mulher linda! O ó. Fazia tempo que eu não via uma mulher
daquelas. O filme foi tão bom, e a mulher tão bonita, que eles conseguiram
vender
todos os ingressos do outro filme dela que passou no dia seguinte (a
segunda parte da trilogia, cuja terceira ainda não foi realizada). Sept
Jours o nome do
filme. O ó de bom também. Hoje, para completar minha semana Tela Quente,
eu fui
ver The Limits of Control e Vincere. O primeiro é interessante. Bem à la
Jim
Jamursch. Dormi 3 vezes. O resto do cinema também. Nas horas em que eu
estava
acordada fiquei contando os que dormiam. Hehe. O segundo é bom. Mas
pareceu
querer abraçar o mundo com 4000 metros de filme. Saí da sala com a cabeça
pesada. Cheia de
idéias. Não para o meu trabalho (que era tudo que eu precisava nesse
momento),
mas para o journal e para o roteiro. Aquele eterno roteiro que eu
escrevo e
reescrevo há 2 anos. Será que um dia ele sai de mim? Ou será que um
dia
eu saio dele? Ideias mil que chega me dá preguiça de começar a esboçar.
Acho
que quando terminar o journal já vou estar com tanto sono que vou
esquecer todas.
Nessas
águas que rolaram muito tempo sem
notícia também boiou Lyon. A viagem foi ótima. Me colocaram numa cabine
de trem Zen. Levei um livro (acreditando no poder do estudo), mas lá,
assim como no filme
do Jim Jamursch, todo mundo dormia. Êta que dava um sono ver aquele povo dormindo… e era inútil lutar contra, todo mundo se rendia no final, com o livro
aberto no
colo, ou o jornal aberto na mesa. Ouvindo música, ou assumidamente de boca
aberta mesmo.
Lyon
é uma Paris com jeitinho de Florença. Uma
boa mistura. Matei minhas saudades de televisão na casa do Étore. Foi
o programa da noite de sábado e de domingo! Televisão com vinho e
azeitonas. Chique. Também visitei o museu de tecidos (o ó de bom) e o de cinema
(a casa e a fábrica dos Irmãos Lumière). Isso tudo entre outros passeios bem gostosos pela cidade e pelo
teatro
romano que tem lá. Fotos no Orkut.
Também boiou a despedida da Kameni. Confesso já
sentir falta da minha companheira de fim de semana. Vide minha dupla ida ao
cinema numa sexta feira a noite. Quanto à escola, apresentei um trabalho na terça.
Vou apresentar outro na próxima terça e outro na outra próxima. Aí só tenho
prova em Janeiro.
Quanto à saude e à beleza. Assim que cheguei de
Lyon briguei com uma gripe. Fiquei de cama uns dias. Melhorei. Daquele jeito
Julia né. Como diria Lais, eu não fico doente, eu sou doente. Já a beleza foi
atacada pela Síndrome de Noel. A Síndrome de Noel é uma coisa não especificada que deixa a
gente decorada para o natal. Cheia de bolas vermelhas na cara. Semana que vem vou
no médico.
Ah sim, antes que eu me esqueça. Foi lindo
chegar em casa e descobrir cartinhas em cima da minha cama! Obrigada
queridos, amei! As devidas respostas virão. A cada três
palavras que escrevo, penso numa das ideias mil. Tenho que correr com os
dedos antes que a memória se canse de brincar. Mas para não perder o ritmo, fica mais uma
diquinha de filme: O Concerto. Bem leve e divertido. Eu sei que tem mais pra falar, mas tem aquele
velho problema… lembrar o que!
Bisoux,
Ps:
Nossa, revisando mal e porcamente agora, como eu fui repetitiva: é
filme pra lá, filme pra cá, o ó prali o ó aqui! Credo. Desconsiderem a
pobreza da escrita. Ainda bem que eu não tento fazer rimas.