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04/12/2012

journal FXVI

quando o aqui presente não promete, a gente foge pro lugar nenhum do sempre (ou do nunca?) que é a saudade


05/12/09
Ois gerais,

Quantas vezes uma pessoa pode ir ao cinema em um dia? E em uma semana? A minha inspiração não é uma pomba branca que vem do mar, mas uma coruja velha atarraxada no galho seco de uma árvore, que só abre um único olho e faz « u-u » à 1h da madrugada. Quando não às 3!

Nesses tempos sem notícia muita água já rolou. Sim, quem não dá notícia agora sou eu, invertamos um pouco os papéis. Uma vez eu fiz um teste numa revista pra ver se eu sabia discutir a relação. Tirei quase 10. Um dos itens era saber criticar o outro criticando a si próprio. O ó. Faz duas semanas que eu só sei falar o ó pras coisas. Boas e ruins. Tudo começou com Twilight 2 capítulo Tentação que eu fui ver com a Karina no cinema mais brega de Paris (Champs-Elisée). Foi o ó de divertido. Rimos até chorar do pobre do filme. Aí a moda pegou (tanto de falar o ó, quanto de falar durante o filme). Semana passada fomos ver O Bazar. Ta disputando o top3 piores filmes da minha vida. Acho que Hulk ainda tem o cinturão invicto do primeiro lugar, mas fazia tempo que eu não via uma coisa tão ruim daquelas. Não conseguia parar de rir (pra não chorar). Até levei um chute da menina que queria dormir ao lado e não conseguia com as nossas risadas. Foi o ó da experiência cinematográfica! No mesmo dia fui ver um filme d’uma israelense. Prendre Femme o nome do filme. Ronit Elkabetz o nome da israelense. Roteirista, diretora e atriz. E que filme bom! E que mulher linda! O ó. Fazia tempo que eu não via uma mulher daquelas. O filme foi tão bom, e a mulher tão bonita, que eles conseguiram vender todos os ingressos do outro filme dela que passou no dia seguinte (a segunda parte da trilogia, cuja terceira ainda não foi realizada). Sept Jours o nome do filme. O ó de bom também. Hoje, para completar minha semana Tela Quente, eu fui ver The Limits of Control e Vincere. O primeiro é interessante. Bem à la Jim Jamursch. Dormi 3 vezes. O resto do cinema também. Nas horas em que eu estava acordada fiquei contando os que dormiam. Hehe. O segundo é bom. Mas pareceu querer abraçar o mundo com 4000 metros de filme. Saí da sala com a cabeça pesada. Cheia de idéias. Não para o meu trabalho (que era tudo que eu precisava nesse momento), mas para o journal e para o roteiro. Aquele eterno roteiro que eu escrevo e reescrevo há 2 anos. Será que um dia ele sai de mim? Ou será que um dia eu saio dele? Ideias mil que chega me dá preguiça de começar a esboçar. Acho que quando terminar o journal já vou estar com tanto sono que vou esquecer todas.

Nessas águas que rolaram muito tempo sem notícia também boiou Lyon. A viagem foi ótima. Me colocaram numa cabine de trem Zen. Levei um livro (acreditando no poder do estudo), mas lá, assim como no filme do Jim Jamursch, todo mundo dormia. Êta que dava um sono ver aquele povo dormindo… e era inútil lutar contra, todo mundo se rendia no final, com o livro aberto no colo, ou o jornal aberto na mesa. Ouvindo música, ou assumidamente de boca aberta mesmo.

Lyon é uma Paris com jeitinho de Florença. Uma boa mistura. Matei minhas saudades de televisão na casa do Étore. Foi o programa da noite de sábado e de domingo! Televisão com vinho e azeitonas. Chique. Também visitei o museu de tecidos (o ó de bom) e o de cinema (a casa e a fábrica dos Irmãos Lumière). Isso tudo entre outros passeios bem gostosos pela cidade e pelo teatro romano que tem lá. Fotos no Orkut.

Também boiou a despedida da Kameni. Confesso já sentir falta da minha companheira de fim de semana. Vide minha dupla ida ao cinema numa sexta feira a noite. Quanto à escola, apresentei um trabalho na terça. Vou apresentar outro na próxima terça e outro na outra próxima. Aí só tenho prova em Janeiro. 

Quanto à saude e à beleza. Assim que cheguei de Lyon briguei com uma gripe. Fiquei de cama uns dias. Melhorei. Daquele jeito Julia né. Como diria Lais, eu não fico doente, eu sou doente. Já a beleza foi atacada pela Síndrome de Noel. A Síndrome de Noel é uma coisa não especificada que deixa a gente decorada para o natal. Cheia de bolas vermelhas na cara. Semana que vem vou no médico.

Ah sim, antes que eu me esqueça. Foi lindo chegar em casa e descobrir cartinhas em cima da minha cama! Obrigada queridos, amei! As devidas respostas virão. A cada três palavras que escrevo, penso numa das ideias mil. Tenho que correr com os dedos antes que a memória se canse de brincar. Mas para não perder o ritmo, fica mais uma diquinha de filme: O Concerto. Bem leve e divertido. Eu sei que tem mais pra falar, mas tem aquele velho problema… lembrar o que!

Bisoux,

Ps: Nossa, revisando mal e porcamente agora, como eu fui repetitiva: é filme pra lá, filme pra cá, o ó prali o ó aqui! Credo. Desconsiderem a pobreza da escrita. Ainda bem que eu não tento fazer rimas.

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