em noite de lua sangrenta,
sobre terra fértil e molhada ainda da chuva,
pousa teus pés descalços
ouve o som que o vento leva
que o silêncio é a voz da saudade
em noite de lua sangrenta,
com a unha do gato, negro como o céu
sob o qual te escondes,
fura o dedo
e derrama teu coração
quente, vermelho, e vivo
como foi o amor um dia
em noite de lua sangrenta,
com voz de cigana,
canta o nome
três vezes,
que do recôndito mais oculto da carne
ele ressurgirá.
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