noutro dia era o corpo que descolava, comalma doutro, duplicada, copiada, seguinte, repetindo ação. respirava duas vezes, o mesmo corpo duas vezes em paralelo consigo mesmo. espelho invertido, refletido de dentro. tocavam as mãos, duas vezes, duplicando também a mão parceira, fazendo-se um quarteto alucinante. queria dançar daquele jeito. com aquele corpo. aqueles corpos, todos, no escuro, só a respiração. respiração e saliva duas vezes cada vez. e agora, dondestá o duplo? terceira e quarta mão, outreu d'outrora. pedaço de esfera perdida. porquessa pressa? será que gruda de novo? fundição ao contrário. e o tempo? dobrou no corpo? evaporou com o espírito? não vi o tempo, dormi. e no ranço de toda essa sensibilidade corpórea, o medo simples de enlouquecer.
18/06/2011
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