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01/07/2012

journal FVIII

musa, conto as horas pra te encontrar...


29/09/09
Ois gentes!

O cérebro humano é muito desenvolvido, mas ainda assim, o meu não consegue fazer duas coisas como escrever e ouvir música ao mesmo tempo. C'est domage (cé domáge)... talvez ele não seja tão desenvolvido assim... talvez seja só o meu mesmo... quand même (can mem), eu vou tentar dar uma bola na evolução e escrever ouvindo música. Talvez isso me custe mais revisões, mas se ainda assim sobrar algum nonsense, vocês desculpem a falta de conexões nervosas...

É interessante notar a transição lenta, gradual e quase imperceptivel que a vida da gente vai tomando. Por exemplo, as coisas param de acontecer quando já estão em seus devidos lugares. Soa até meio obvio depois de escrito, mas no corpo a corpo é uma sensação um tanto estranha. Eu que já tenho algum tempinho aqui na terrinha, instalada, começo a notar que minhas semanas tem sido menos aventurosas, e isso começa a me dar um certo trabalho pra escrever os journais, visto que com menos (des)eventos, fica mais difícil manter o nívi do email. Mas um desafio é um desafio, e como má perdedora que sou, não desistirei tão cedo.

Das desaventuras maiores começo pelas do esporte. Ainda não sei se a loira escapa no final do filme, quem sabe eu descubro isso no final do ano, mas a corrida tem sido cada vez mais cansativa e a floresta cada vez mais fechada. seis meses parada, praticando somente a preguiça, não recomendo o recomeço, se for pra parar, da próxima vez, que seja pra sempre! E foi no ritmo do agora ou nunca que eu tirei a quinta feira passada para me inscrever na natação - como já relatado no email passado. O dia estava lindo e eu, inspirada que só, precisava de um documento que ainda não tinha pra fazer a carteirinha. Depois de subir e descer umas 5 vezes as escadas aqui do prédio só pra conseguir o tal do papel, fui no lugarsh onde fica a piscina e onde me informaram ser possível se inscrever. Cheguei lá com dinheiro, foto, documento e cuia na mão, e o homi disse "né qui não". Aí eu fui, inspirada que só, pro lugar certo. Fiz minha carteirinha. Voltei para a piscina, inspirada que só, e o homi disse "ta berta não". Não, tudo bem, era o tempo que eu precisava para comprar os aparatos que faltavam: uma touca e um maio. Diante da máquina, com uma nota de 50 na mão, vejo que a dita só aceitava 10 ou 5 E que não tinha nada do meu tamanho. Mas ainda era cedo para desistir! Já tinha subido tanta escada, andado tanto no sol, pra nada? Nããão, jamais! Eu ia comprar esses aparatos e ia nadar, no mais tardar na tarde seguinte! Voltei para casa, pesquisei uma loja de artigos esportivos e saí, inspirada que só. E o dia estava lindo. Vi que o bonde estava no ponto. Apertei o passo. Entrei! "Ufa, está dando quase tudo certo..." quando o homi do bonde anuncia "o bondi quebrô". Que maravilha! Começo a ter medo dos sinais. Mas o dia continuava lindo e eu inspirada. Pensei com meus botões "Por que não ir de bicicleta? O dia está tão bonito e a loja é aqui perto, a situação ideal!". Ni que eu chego no ponto das bicicletas, junto comigo chega também um outro rapaz e adiante somente uma vélo (velô). Confesso, nessa hora, não pensei duas vezes, o dia estava lindo e eu estava inspirada, mas inspiração nunca foi burrice. Depois de tanto aviso do destino? Se eu pegasse aquela bicicleta era bem capaz de chegar lá e a loja estar fechada! Larguei mão da dita e da natação. Resolvesse tudo isso depois. Foi o que eu fiz. Já nadei duas vezes desde então. Quase morri em ambas. Ou de parada cardíaca, ou de fadiga. Já me quebrei de cãibras e pressão baixa. Mas vivo e escrevo. Dois bons sinais vitais. Depois dessa começo a achar alguns fios loiros perdidos na minha cabeça.

Impressionante como até escrever sobre esporte cansa! Além dessa (des)aventura também teve a saidinha com a Karina - família (agora que a mãe dela esta aqui para ajudar com a baby, ela tem mais tempo livre). Fomos pra Bastille (Bastíe) onde tem vários barzinhos legais. Pingamos em dois. Um melhor que o outro. Isso não quer dizer que nenhum tenha sido muito bom, mas sim, eles eram bacaninhas. Depois comemos crepe e sorvete, gulosas que só. Demos umas viajadas nuns roteiros que queríamos escrever, aí já viu, ócio criativo dá uma fome... foi muito legal! Rimos muito e ela no final perdeu o ônibus, coitada, teve que pegar um taxi, que no caso dela não é nada interessante, visto que ela mora lá onde o vento faz a curva.

Sábado eu também saí com o Clément (Clemân). Ele me chamou pra andar de bicicleta. não sei até onde foi sadismo dele, e até onde foi masoquismo meu, mas no final das contas serviu pra confirmar o que eu já sabia: não nasci pressa vida. Depois encontramos uns amigos dele da faculdade para jantar. Fiquei meio peixa fora d'água, mas foi bom, é sempre bom ouvir francês conversando, ainda mais francês jovem. Voltei cedo pra não perder o bonde.

É... foi basicamente isso. Aqui é interessante também notar como são as menores coisas, as mais sem importância, que fazem a maior diferença nessa vidinha paralela que a gente leva. A começar pelo elevador. Ninguém nunca pensou como seria ter que subir todos os dias de escada até chegar em casa (digo isso pros que moram nas 100/200/300. os da 400 também não valem, são uns lancezinhos de degraus que não chegam nem no primeiro andar dos daqui). Depois tem o carro. Nossa, como sinto falta de dirigir. Sair mais tarde de casa, não ter que trocar de metro 3 vezes, nem subir mais escada por causa disso. Depois tem algumas já mencionadas como a manicure, como é chato fazer o pé! A depiladora, como dói se depilar sozinha! Aqui sinto falta até da pia da cozinha. A pia do meu apartamento é um tanto pequena, não cabem as louças limpas, muito menos as sujas, não dá nem pra lavar nada direito. Enfim, são pequenas coisas que a gente usa e faz todos os dias, e que aqui vai notando e lembrando, e percebendo que na verdade a gente nunca repara em nada direito. Então, queridos, fica a dica, tirem um dia e prestem atenção em tudo que vocês fizerem, e tudo que usarem para fazer, porque se fosse diferente poderia ser bem mais chato, complicado ou desprazeroso.

Bom, depois desse momento lição de vida tem a diquinha de moda equivocada. Equivocada porque me lembrei que em termos de calendário fashion, o Brasil está sempre à frente da Zoropa. Então, na bem verdade, não adianta de nada essas diquinhas que eu venho dando, que já estão todas ultrapassadas nesse mundo cruel que é o da beleza. Mas eu sou rebelde, entón, pros meninos o pulôver vai por cima de uma camisa de botão com a gola para fora. Pras meninas é um camisão tipo masculino de botão bem folgado por cima de uma meia calça ou de uma legging. A diquinha dessa vez foi meio frouxa, mas isso é tudo culpa da música que eu to ouvido que não me deixa escrever nada direito...

E depois da diquinha de moda equivocada e frouxa, sempre tem o resumão: Outro dia no metro tinha um músico com um instrumento imenso, talvez um baixo acústico, maior que ele. E o levava abraçado, como se fosse sua mulher, talvez sua musa. Aqui, algumas escadas são feitas de uma pedra brilhante que a noite, com a luz, parece mesmo que estamos pisando é nas estrelas.

Pros corajosos e curiosos algumas fotinhos de onde eu moro. Não, eu não moro embaixo da ponte, nem em um buraco. Primeiro o prédio, seguido do banheiro, cozinha e sala. Ah, só pra constar, meu email tem corretor ortográfico, os erros são mais que propositais.

Bises,

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